terça-feira, 11 de outubro de 2011

Dois Pesos, Duas Medidas

O traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, 43 anos, fez a prova do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) em janeiro de 2010 na penitenciária de segurança máxima de Campo Grande (MS). Outros 41 detentos da unidade também foram inscritos para o exame. De acordo com a assessoria do Ministério da Justiça, a prova foi aplicada entre os dias 5 e 6 de janeiro [terça-feira e quarta-feira], no período da tarde, em cada uma das quatro alas da penitenciária. Em cada uma dessas alas havia um fiscal do MEC (Ministério da Educação) acompanhando a aplicação do exame, além de agentes penitenciários. Segundo o MEC, dados preliminares apontam que cerca de 10 mil detentos realizaram a prova em todo o país.
Beira-Mar foi condenado no mês passado a 15 anos de prisão, em regime inicial fechado, pelo assassinato do também traficante João Morel, ocorrido em 21 de janeiro de 2001 no presídio de segurança máxima de Campo Grande (MS). 

Antes disso, ele já cumpria pena de mais de 67 anos de prisão por crimes -relacionados, em sua maioria, ao tráfico de drogas -, passou por diferentes unidades prisionais e, desde 2007, cumpre pena no presídio federal de Campo Grande. 
(Folha Online)

Nota: Adventistas e judeus solicitaram a mudança do dia da prova do Enem, que neste ano caiu num sábado e num domingo, e não tiveram o pedido atendido. Tiveram, sim, que ficar confinados ("presos") numa sala para poder prestar o exame após o pôr do sol de sábado. Apesar da desvantagem em relação aos demais estudantes (ter que realizar a prova à noite, após um dia tediante de reclusão), ninguém reclamou. Foi um paliativo razoável. Mas a notícia acima mostra que há dois pesos e duas medidas, e que o prato da balança tende para o lado dos assasinos, estupradores, traficantes, ladrões... e não para o lado de um povo ordeiro, pacífico, que tudo o que pediu foi a manutenção de seu direito de liberdade religiosa e de consciência. Que país é este?

Clube Patriarcas: Claro que não devemos excluir de maneira alguma infratores que cometeram erros no passado contra sociedade, amamos eles em Cristo; no entanto, em meio aos acontecimentos ocorridos, nós é que temos nos sentido como bandidos, apenas por não negar nossa fé, enquanto quem destrói vidas, é cada vez mais privilegiado.

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